Adoro ver estes vídeos todos os anos, mas eles fazem-me sentir incrivelmente nostálgica por espaços femininos exclusivos. Irmandades. Campos de cheerleading. Ballet. Concursos de beleza. Estes espaços e rituais hiper femininos desaparecem quase completamente após os 20 anos e transformam-se em outra coisa. Existem grupos de mulheres, mas são muito diferentes. Acho que isso é parte do motivo pelo qual os 20 anos são muito solitários. Perde-se esses laços e espaços da noite para o dia.
É por isso que a maioria das mulheres é tão viciada no Instagram. O mundo físico deixa de lhe dar uma comunidade feminina e juvenil. Não é a mesma coisa, mas é o único espaço onde pode vivenciar esses rituais todos os dias.
Alguns apontam que existem espaços e clubes para mulheres, e isso é definitivamente verdade. Mas 90 por cento deles são orientados para a carreira e networking. Não estão focados no reino do feminino. Poder-se-ia argumentar que novos rituais como a festa de despedida de solteira cresceram por causa desse anseio inato, mas não há nada concreto no que diz respeito à comunidade. A Junior League ainda existe. Esse pode ser o exemplo mais próximo, mas não é nem de longe tão poderosa ou coesa como era há 30 anos.
Nos últimos 30 anos, focámo-nos tanto na estética da girl-boss que nos esquecemos da rapariga. Uma enorme oportunidade para empresas, fundadores e influenciadores que estão a criar produtos com isto em mente.
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